"Os Trapalhões" - Mussum e o Carro a Álcool (TV Globo, 1977)
Do tempo em que o que chamamos hoje de "politicamente incorreto" era chamado de humor (e ainda tem gente que fala que hoje temos liberdade de expressão)...
Não é novidade para ninguém a minha paixão
pelo Ford Corcel, mais especificamente o GT, faz só 4 anos que estou buscando
por peças e informações corretas para chegar ao restauro de uma dessas
belezinhas (se Deus permitir, esse ano pelo menos a lataria fica pronta) ,
trata-se de um Corcel GT 1973 vermelho cádmio.
A restauração é um processo difícil principalmente quando se trata de um automóvel
que, na maioria das vezes, está totalmente descaracterizado, como no meu caso
onde somente o documento era do GT. As melhores fontes de informação, na minha
opinião de merda, são as revistas de época. Veja abaixo os fragmentos da revista
QUATRO RODAS ed. 148 de Novembro de 1972, com o teste do Corcel GT 73 e uma
propaganda da época.
Algumas fotos para lembrar como montar, muita criatividade e conhecimento de animação, foi dessa forma que um britânico (o qual infelizmente eu não consegui descobrir o nome para citar) transformou a restauração de um motor comprado pelo ebay em uma verdadeira obra de arte (na minha opinião só a restauração do motor já é uma obra de arte a parte). Trata-se de um Triumph Spitfire 4 MK1 fabricado entre 1962 e 1965 - 4 cilindros 1147cc e 63 cv.
Após ouvir tanto sobre as qualidades quanto
defeitos do carrinho, comecei a gostar da ideia de ter um Fusca, só faltava
saber duas coisas obvias: se o mesmo estava a venda, e o mais importante,
quantos anos de trabalho árduo custaria.
A resposta para a primeira foi positiva, além
de estar a venda, estava nas mãos de um “negociante de automóveis de qualidade
duvidosa e que não possui CNPJ”, também chamado de “picareta”, muito conhecido
na cidade, o que foi uma coisa muito boa, pois eu já imaginei que ele não teria
nem ideia do quanto realmente valeria esse Fusca. Conversei com ele, e comecei
a negociar. Eu estava certo (eu pensei que estava), o
preço foi um pouco mais alto do que eu imaginei, mas ainda estava muito abaixo
do que deveria, chorei um desconto e fechamos negócio. Pois bem, fomos até o meu carro (o do
dia-a-dia), peguei a grana e entreguei ao homem, ele calmamente conferiu, nota
por nota, como se saboreasse com as pontas dos dedos a textura de cada uma
delas. Conferido o valor, com olhar de satisfação e um largo sorriso ele me
disse: -Vamos ali pegar as coisas do Fusca (apontando para o “escritório”)! Então amigos leitores deste pequenino blog,
em breve mais um pouco da historia do meu Fusca... ...ou não!